segunda-feira, 20 de setembro de 2010

Doenças viróticas - Mosaico comum

Doenças viróticas - Mosaico comum


O Mosaico Comum, incitado pelo vírus do mosaico comum do feijoeiro (BCMV), foi uma das primeiras doenças de plantas causadas por vírus descritas no mundo. Apresenta distribuição mundial devido a sua disseminação ser feita através das sementes. As perdas na produção, devidas à doença, variaram de 35 a 98%, dependendo da idade da planta na época da infecção. Existe um grande número de espécies hospedeiras do vírus do mosaico comum do feijoeiro o que dificulta, ainda mais, o seu controle. A transmissão do BCMV pode ser feita mecanicamente, através do pólen, por sementes infectadas e por insetos vetores. Os sintomas da doença depende da cultivar do feijoeiro, da estirpe do vírus e das condições de ambiente. Existe a possibilidade de se encontrar três tipos de sintomas: mosaico, lesões locais e necrose sistêmica. O sintoma característico, em cultivares suscetíveis, manifesta-se, nas folhas trifolioladas, na forma de áreas verde-claras com áreas verde-escuras ao longo das nervuras. Outros sintomas incluem o enrolamento, a formação de bolhas e o encrespamento das folhas. As vagens, provenientes de plantas originadas de sementes doentes, são de tamanho reduzido, com menor número de sementes.
Devido a inexistência de tratamento químico efetivo contra as partículas virais, as medidas de controle, ao BCMV, incluem o uso de sementes de boa qualidade, procurando-se evitar o emprego contínuo de sementes produzidas na propriedade, o controle dos insetos vetores com inseticidas e a semeadura de cultivares resistentes. Atualmente, a maioria das cultivares recomendadas pelo Sistema Nacional de Pesquisa Agropecuária (SNPA) são resistentes a esta enfermidade.