segunda-feira, 20 de setembro de 2010

Doenças fúngicas - Antracnose

Doenças fúngicas - Antracnose


A antracnose do feijoeiro comum, cujo agente causal é o fungo Colletotrichum lindemuthianum (Sacc.) Scrib., é uma das doenças de maior importância desta cultura afetando, em todo o mundo, as cultivares suscetíveis cultivadas em locais com temperaturas de moderadas a frias e alta umidade relativa. Quanto mais precoce for o aparecimento da doença, maiores poderão ser as perdas, as quais podem atingir a 100% quando são utilizadas sementes de baixa qualidade em condições de ambiente favoráveis ao seu desenvolvimento. O fungo que pode aparecer em toda a parte aérea da planta, além de diminuir o rendimento da cultura, deprecia a qualidade do produto, tornando-o impróprio para o consumo. A antracnose é mais fácil de ser reconhecida nas vagens onde as lesões, que caracterizam os sintomas, se apresentam de forma arredondada, deprimida, de tamanho variável e com o centro claro sendo delimitadas por um anel negro, um pouco saliente, rodeado por um borde de cor café avermelhada. Quando as condições de umidade e temperatura são favoráveis, forma-se no centro das lesões uma massa de esporos de coloração rosada.
O controle da antracnose do feijoeiro comum pode ser realizado através do emprego de práticas culturais, do uso de produtos químicos e da utilização de cultivares resistentes. Dentre as práticas culturais, a que tem apresentado melhor resultado tem sido o emprego de sementes de boa qualidade, produzidas em condições de clima semi-árido. Vários fungicidas e cultivares resistentes têm sido recomendados no controle da antracnose. Conseqüentemente, para diminuir as perdas causadas pela doença, recomenda-se a prática integrada das seguintes ações: Isolamento da cultura, utilização de semente de qualidade, tratamento químico da semente, rotação de culturas, incorporação de restos culturais, uso de herbicidas, aplicação de fungicidas e semeadura de genótipos resistentes.